terça-feira, 31 de janeiro de 2017

BRUCE HENDERSON O CRIADOR DA MATRIZ BCG

  Bruce Doolin Henderson nasceu em Nashville, Tennessee, em 30 de abril de 1915. Ele obteve uma licenciatura em engenharia pela Vanderbilt University em Nashville e frequentou Harvard Business School.
  Bruce ingressou na Westinghouse Corporation em 1941. Trabalhou lá por 18 anos, tornando-se um dos mais jovens vice-presidentes da história da empresa. Em 1959, Henderson entrou para Arthur D. Little como vice-presidente sênior de serviços de gestão.
  Foram quatro anos mais tarde que Henderson foi encorajado pelo CEO da Boston Safe Deposit e Trust Company para iniciar um departamento de consultoria dentro do banco. Ele aceitou a oferta e começou o que acabaria se tornando The Boston Consulting Group. Durante seu mandato, a BCG cresceu de uma operação de um homem para uma empresa de consultoria de gestão internacional.
  Não demorou muito para que a divisão de consultoria de Henderson se expandisse para além do que Boston Safe Deposit esperava. De fato, Bruce decidiu abrir um escritório em Tóquio apenas três anos depois de iniciar a empresa. Foi a primeira de muitas expansões internacionais que ampliariam os horizontes da BCG, juntamente com seus conhecimentos e experiência.
  
  Em 1968, como parte de uma reorganização maior em torno de uma holding (chamada simplesmente The Boston Company), o banco girou fora do braço de consultoria como uma subsidiária legalmente separada, mas totalmente detida. Em um aceno para a crescente proeminência de Henderson como um pensador romance, e de acordo com outras empresas de consultoria, seus colegas sugeriu que ele chamar o novo equipamento Henderson & Company. Henderson resistiu. Ele reconheceu que apenas como uma equipe de pensadores engajados e independentes poderia a empresa ter o impacto de longo alcance para o qual ele aspirava. Assim, ele tomou uma abordagem mais colegial e chamou-o The Boston Consulting Group.
  Logo BCG estava fazendo ainda melhor do que o esperado. A reputação da empresa continuou a crescer e a BCG abriu escritórios em Munique e Menlo Park. Os lucros foram suficientemente fortes para permitir que a BCG Employees Trust pagasse o saldo remanescente devido à The Boston Company em 1979, cinco anos antes do previsto.
  Então Bruce Henderson fez algo verdadeiramente extraordinário. Como fundador e líder de longa data da empresa, ele estava em posição de ditar a maioria dos termos para a nova organização. Ele poderia ter projetado uma estrutura de propriedade que lhe deu a maior parte do capital da empresa e direitos de voto. No entanto, Henderson estruturou a transação de modo que ele detinha apenas 5% das ações da empresa. Ele também deu a si mesmo e a todos os outros oficiais um voto único e igual nas decisões da empresa.
  O movimento de Henderson foi ainda mais notável à luz do que imediatamente se seguiu. Os outros oficiais (hoje chamados de parceiros) convenceram Henderson a descer, e em 1980 ele assumiu a presidência do conselho. Foi, de certa forma, um resultado natural de seu estilo de liderança e sua crença no poder do BCG como instituição colaborativa.
  Em 1985, Bruce se aposentou da BCG para se tornar presidente emérito. Ele então dedicou seu tempo a uma carreira de professor na Escola de Pós-Graduação Owen da Universidade de Vanderbilt. Bruce Henderson faleceu em 20 de julho de 1992. Ao morrer, o Financial Times observou: "Poucas pessoas tiveram tanto impacto nos negócios internacionais na segunda metade do século XX".


Introdução a matriz BCG

A ferramenta de mensuração e análise de posicionamento e oportunidades de determinada linha de negócio, denominada Matriz BCG, foi desenvolvida pelo fundador da empresa de consultoria empresarial americana BCG (Boston Consulting Group), em meados de 1970. Segundo Brune Henderson, sua implementação se deu pela necessidade de analisar o portfólio de produtos e representar o envolvimento da empresa com os fatores internos e externos.
  A matriz é composta por 4 quadrantes localizados em um diagrama com o eixo “X”, representando a participação relativa de mercado da Unidade de Negócios, e o eixo “Y”, com a taxa de crescimento do mercado em que a unidade atua.
  A linha que corta a matriz no eixo vertical é definida em 10% do crescimento real (crescimento médio do mercado). O eixo horizontal por sua vez, representa a participação relativa de mercado (também conhecida como Market share) de cada um dos negócios ou produtos da organização. Para esta escala a base é a logarítmica, sendo que o ponto intermediário possui valor unitário (1,0). Quanto maior a participação de mercado de um produto, ou quanto mais rápido ele cresce, melhor para a empresa.
  Os produtos devem ser posicionados na matriz e classificados de acordo com cada quadrante:
  O quadrante superior esquerdo compreende as estrelas, stars. Crescem rápido e por isso exigem grandes investimentos. Também, porque são líderes no mercado, geram receitas. Ficam frequentemente em equilíbrio quanto ao fluxo de caixa.
  O quadrante inferior esquerdo compreende os produtos chamados cows, as Vacas Leiteiras ou Geradores de caixa. O crescimento de mercado é baixo, e por isso também não são necessários grandes investimentos. No entanto, a participação no mercado é alta e por isso a geração de caixa também.
  O quadrante inferior direito engloba os produtos chamados de Pets, Animais de Estimação. Tanto a participação no mercado, quanto o crescimento de mercado são baixos. Devem ser evitados na empresa, porque mesmo quando as vezes geram receitas, são netos gastadores de caixa.
  Produtos no quadrante superior direito são chamados de Question Marks, Interrogações. São realmente armadilhas. As suas necessidades de caixa são enormes por causa do crescimento acelerado. Geram pouca caixa porque a participação no mercado e muito baixa.


CONCEITO DE ANÁLISE SWOT

A análise da Matriz SWOT é uma ferramenta essencial para uma organização, pois é através dela que a empresa consegue ter uma visão clara e objetiva sobre quais são suas forças e fraquezas no ambiente interno e suas oportunidades e ameaças no ambiente externo, dessa forma com essa análise os gerentes conseguem elaborar estratégias para obter vantagem competitiva e melhor o desempenho organizacional.


Vejamos agora como alguns pensadores definem a análise SWOT:
  Segundo Chiavenato e Sapiro (2003), sua função é cruzar as oportunidades e as ameaças externas à organização com seus pontos fortes e fracos. A avaliação estratégica realizada a partir da matriz SWOT é uma das ferramentas mais utilizadas na gestão estratégica competitiva. Trata-se de relacionar as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo com as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno da organização. As quatro zonas servem como indicadores da situação da organização.
  É uma ferramenta usada para a realização de análise de ambiente e serve de base para planejamentos estratégicos e de gestão de uma organização. A SWOT serve para posicionar ou verificar a situação e a posição estratégica da empresa no ambiente em que atua (MCCREADIE, 2008).
  Para Martins (2006), a análise SWOT é uma das práticas mais comuns nas empresas voltadas para o pensamento estratégico e marketing, é algo relativamente trabalhoso de produzir, contudo a prática constante pode trazer ao profissional uma melhor visão de negócios, afinal de contas, os cenários onde a empresa atua estão sempre mudando.
  A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análises de cenário (ou análises de ambiente), sendo usada como base para a gestão e o planejamento estratégico de uma organização. É um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão (DAYCHOUW, 2007).